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domingo, 4 de setembro de 2011

SETE DE SETEMBRO EM SANTANA, DE OUTRORA


Recordo-me saudosa do desfile de Sete de Setembro em Santana; era um dia festivo!  Lembro-me dos entediantes ensaios pelas ruas, nos quais percorríamos, marchando, subindo e descendo, até os arredores do cinema e escritório da Minerasil/CCU.  Hoje, não existem desfiles de Sete de Setembro, como outrora. Não se ouve mais o tocar da alvorada que de madrugada, pelas ruas de Santana, unia as vozes da banda (deixando a eterna rixa de lado) e acordava todos os moradores com o hino nacional, hino da bandeira e o hino da independência.

Desfile de Sete de Setembro em Santana era assim: Tudo de bom. Final da década de 60, início da 70.
Bons tempos aqueles! Santana, poluída pelo carvão, transformava-se em um verdadeiro mar verde e amarelo. Enfeitava-se toda para ver seus filhos marcharem com as cores do Brasil. A bandinha tocava o hino nacional. Diversos pelotões vestiam-se de verde, amarelo, azul e branco. Os professores, sempre e sempre, vestiam brancos e azuis.
Pelotão das cores da bandeira, com saias brancas e as blusas: verde, amarela, azul e branca. Ao lado a professora, Olanda Torres Barbosa, vestida de azul e branco. Final dos anos 60 e início dos 70.
A bandeira nacional vinha à frente, no alto, no meio, imponente, abrindo o desfile, balançava com o vento.  Mais abaixo, a bandeira estadual e municipal.
Aqui, mostra a imponente bandeira nacional, à frente, no alto, no meio da estadual e municipal no desfile de Sete de Setembro, pelas ruas de Santana. Final dos anos 60 e início dos 70.
Há 196 anos, em Sete de Setembro de 1822, o Príncipe Regente, D. Pedro I, com o grito do Ipiranga “Independência ou Morte”, às margens do Rio Ipiranga, onde está localizada a cidade de São Paulo, declarou a emancipação política do Brasil, que deixava de ser submissa à Coroa Portuguesa e conquistava, enfim, sua autonomia política.
Mais um pelotão, desfilando pelas ruas de Santana.  Final dos anos 60 e início dos 70.
Hoje, os alunos não precisam mais sair de casa para marcharem. O que era para ser uma data importante para nós brasileiros, foi perdendo sua representatividade e o Sete de Setembro é visto como mais um feriado no calendário escolar ou de trabalho; um dia de folga para ir ao shopping. O desfile de Sete de Setembro ficou para trás, na memória dos nossos avôs e avós e das gerações dos anos 50/60 e início dos anos 70.
Outro pelotão. Final anos 60 e início anos 70.
O civismo, que representa o Sete de Setembro, resumiu-se ao símbolo do Google (que nem brasileira é) pintado de verde e amarelo. O povo que troca o dia do nascimento de Jesus pelo dia do papai Noel está se americanizando. Isto é não ser brasileiro!

Outro pelotão. final dos anos 60 e início dos anos 70.
Em Santana, tanto no primário quanto no ginásio, éramos obrigados a decorar o Hino Nacional, o Hino da Bandeira e  o Hino da Independência. Tínhamos até uma matéria chamada “Educação Cívica”. Lembro-me que a professora era a dona Diva, que cobrava de nós em cada prova a letra do Hino Nacional e dos demais hinos. Os hinos representavam uma manifestação de nossa identidade nacional. Eram grande fontes de estudos históricas na compreensão das ideologias e questões que marcaram a construção da República do Brasil. Não podíamos errar a letra.
Mãe, com filhos e amiguinhos, posando para a foto, juntamente com a bandeira nacional, em um Sete de Setembro no final dos anos 60 e início dos anos 70, em Santana.
Todos os dias, antes de adentrarmos a sala de aula, em posição de sentido, tínhamos que cantar, completamente desafinados, o hino nacional; se errávamos tínhamos que repetir quantas vezes necessário. Ficávamos horas e horas debaixo de um sol a pino, preocupados em não errar a letra. Hoje, os alunos cantam e quando cantam, mascam chicletes e de boca aberta, fazendo de conta que cantam.  Absurdo, também, os jogadores da nossa seleção brasileira mascar chicletes enquanto cantam o hino nacional brasileiro. Não existe mais respeito com o nosso hino nacional.
O civismo, que representava o Sete de Setembro. O respeito que se tinha pela bandeira nacional, que em Santana era hasteada todos os dias, antes das aulas. Aqui sendo hasteada pela nossa saudosa e querida professora, Chica. Por onde será que ela anda?
Eu, particularmente,  nunca perdia uma corrida de Ayrton Senna, - um dos nomes mais vitoriosos da história do esporte -. Porque sabia que ele ia hastear a bandeira do Brasil e cantar o hino nacional. Um verdadeiro patriota que amou verdadeiramente o Brasil. Um mito, uma lenda conhecida em todos os cantos do planeta. Motivo de orgulho para todos nós brasileiros que ele fazia questão de realçar, mostrando a bandeira do Brasil, em suas vitórias.

A bandinha de Santana. Final dos anos 60 e início dos anos 70.


Amigos de Santana.

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